Os museus do Rio de Janeiro são uma atração à parte, em meio ao leque de opções como as praias, rodas de samba e dos característicos pontos turísticos da cidade, mas é onde história do Brasil está ao alcance do seu bolso para encantar seus olhos e de quebra ensiná-lo sobre a cultura do país.
O Museu da República foi palco de acontecimentos históricos e tem uma arquitetura impecável, o local foi a sede do Poder Executivo brasileiro no período de 1897 a 1960, quando a cidade ainda era a capital brasileira. A visita é rica sob o ponto de vista histórico: local conhecido pelo suicídio, em 1954, do então Presidente da República Getúlio Vargas, em seu quarto, dando desfecho a uma das mais contundentes crises político-militares republicanas. Uma exposição permanente conserva os ambientes com móveis e utensílios da época. O visitante pode ler a carta deixada por ele antes de sua morte, ver a cama em que se deitava e os móveis que pertenciam ao local. Durante a caminhada há vários quadros explicativos sobre as diversas fases da República Federativa do Brasil, intercalando textos e fotos, galeria dos Presidentes, além dos símbolos nacionais. É lá também que está o famoso quadro da Constituinte, que só vemos nos livros de história.
História
O Palácio Nova Friburgo, atual Palácio do Catete, construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Erguido no Rio de Janeiro, então Capital Imperial, tornou-se símbolo do poder econômico da elite cafeicultora escravocrata do Brasil oitocentista. Em 1889, vinte anos depois da morte do Barão e de sua esposa, o Palácio foi vendido à Companhia do Grande Hotel Internacional e logo depois, vendido ao maior acionista da Companhia, o conselheiro Francisco de Paula Mayrink. Em 18 de abril de 1896, durante o mandato do presidente Prudente de Moraes, à época exercido em caráter interino pelo vice Manuel Vitorino, o Palácio foi adquirido pelo Governo Federal para sediar a Presidência da República, anteriormente instalada no Palácio do Itamaraty.
Para receber os presidentes e seus familiares, uma ampla reforma foi executada sob a orientação do engenheiro Aarão Reis. Dela participaram importantes pintores brasileiros como Antônio Parreiras e Décio Villares e o paisagista Paul Villon, este responsável pela remodelação dos jardins. A instalação de luz elétrica no Palácio, desde então, acentuaria o brilho dos acontecimentos políticos e sociais que ali teriam lugar.
O palácio emerge memórias de momentos de consternação e comoção nacional, como o velório do presidente Afonso Pena, em 1909, e o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, desfecho de uma das mais contundentes crises político-militares republicanas. No ano de 1938, durante o Estado Novo, o Palácio e seus jardins foram tombados pelo então Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Foi sede do Poder Republicano por quase de 64 anos, 18 presidentes utilizaram suas instalações. Coube a Juscelino Kubitschek encerrar a era presidencial do edifício, com a transferência da Capital Federal para Brasília em 21 de abril de 1960. O Palácio do Catete, com base em Decreto Presidencial de 08 de março de 1960, passou então a ser organizado para abrigar o Museu da República, inaugurado a 15 de novembro do mesmo ano.
Serviço
Horário de visitação: de terça à sexta, de 10h às 17h; e nos sábados, domingos e feriados, de 11h às 18h
Endereço: Rua do Catete 153, Catete, na Zona Sul do Rio
Ingressos: R$ 6
*Professores, maiores de 60 anos e crianças até 10 anos não pagam. Já estudantes e menores de 21 anos têm 50% de desconto
*Entrada franca às quartas-feiras e aos domingos
Como chegar ao local: Metrô pela Estação Catete
Site oficial: http://museudarepublica.museus.gov.br
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